Cássio Dutra: Campeão no Jiu-Jitsu e na Vida
Em setembro de 2013 e no auge de sua carreira, o atleta Cássio
Dutra, de 29 anos, vice-campeão brasileiro de jiu-jítsu sofreu um
acidente de carro. Ele fraturou a coluna e perdeu o movimento dos
membros inferiores.
“Um carro bateu no meu e eu capotei. Estava sem
cinto e fui arremessado para fora do veículo. Na hora senti muita
dor na coluna e naquele momento já sabia que havia perdido o
movimento das pernas”, lembra.
Com lesões nas vértebras T11 e
T12, Cássio ficou paralisado da cintura para baixo. Sofreu uma lesão
medular, fez uma cirurgia na coluna e ficou 26 dias internado.
Esse acidente poderia ter acabado com os planos do atleta, porém,
o jovem que sempre praticou judô desde criança afirma que isso o
auxiliou em sua recuperação. “Me ajudou muito o fato de sempre
ter sido atleta. O próprio médico disse isso, pelo fato de a minha
musculatura ser rígida e eu estar acostumado com quedas e impacto”,
explica.
Após o período inicial de recuperação, Cássio não se deixou
abater pela condição de cadeirante e encontrou no jiu-jítsu uma
forma de manter a paixão pela luta. “Retornei à prática de
esportes cinco meses depois do acidente.
Além da reabilitação física, a arte marcial o ajudou a ter a autoestima e a vontade de viver de volta. “Esporte na minha vida
sempre foi tudo, eu amo esporte. Depois do meu acidente achei que não
ia conseguir fazer qualquer esporte. Comecei na fisioterapia, voltei
a ter equilíbrio e estabilidade, e consegui assim voltar para
academia de musculação. Eu reaprendi a fazer exercícios de acordo
com a minha nova condição física.”
Assim que voltei a sentar, comecei a praticar vários esportes,
como musculação, caiaque, natação. Hoje em dia jogo ate frescobol na
praia.
Cássio com sua esposa e maior incentivadora Silmara |
Cássio voltou as lutas e com 1 ano de lesão conseguiu os inéditos títulos de campeão mundial e campeão brasileiro de parajiu-jitsu.
Meu objetivo agora é tentar fazer parte das paraolimpíadas,
nadar, remar ou fazer biathlon.
“Nunca parei, nem fisicamente, nem mentalmente. Meus braços são
minhas pernas, que estão mais fortes. Tenho mais disposição, pego
ônibus para ir trabalhar, treino quatro vezes por semana. Minha meta
todo dia é sair de casa para fazer algo, é uma forma de não ficar
em depressão. Contei com a ajuda de muitos amigos”, diz Cássio.
“As pessoas acabam se excluindo, mas não podem parar, têm que
pensar que poderia ser pior.
Deus me deu a oportunidade de ficar vivo
em um acidente gravíssimo. Então eu vivo intensamente e agradeço
todos os dias.” - completa.
“Tudo na vida são escolhas. A partir do momento que abrimos os
olhos, podemos escolher nos sentimos bem e gratos pela vida ou sermos
infelizes. Então é bem mais fácil criarmos uma tecla ou um botão
e mudarmos a sintonia da tristeza para a alegria começando com a
musica que mais gostamos em um volume bem alto.
Esporte é o meu maior incentivo de levantar todos os dias e molhar a camisa e voltar pra casa com a sensação de dever cumprido".
Esporte é o meu maior incentivo de levantar todos os dias e molhar a camisa e voltar pra casa com a sensação de dever cumprido".
Para divulgar seu trabalho e incentivar as pessoas, Cássio tem uma FanPage no Facebook, confiram:
https://www.facebook.com/Cassio-Dutra-1385529278358278/?fref=ts
Assistam aqui ao video da entrevista:
Comentários
Postar um comentário